Uma Interpretação Psicodinâmica.
Ana-Maria Rizzuto
Rizzuto elaborou uma obra dinâmica e atraente baseada em intensas pesquisas documentais. O livro prende o leitor com sua forma encadeada e detetivesca. Mesmo que você não concorde plenamente com a resposta da autora ¾ para a pergunta, por ela mesmo elaborada ¾ vai achar o livro fascinante. Ela parte de uma visita que fez, em 1992, a uma exposição, onde fica impressionada com a coleção de antiguidades de Freud. Na exposição está uma bíblia ilustrada de Philippson que ele ganhou de seu pai em 1891. Ela vê uma correlação entre as figuras da bíblia e as estatuetas da coleção. No caminhar da pesquisa ela descobre que a coleção começou após a morte do seu pai Jakob, em 1896. Daí ela usa o livro para demonstrar e responder a questão de Deus na vida de Freud, passando pela figura do pai, da mãe e de sua religiosidade. Não vou contar o final surpreendente. Deixo cada um de vocês caminhar com a emocionante narrativa da Ana-Maria.
Paulo Costa de Souza
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