Marion Woodman

Em 1968, Marion foi parar na Índia em busca de um guru, mas não o encontrou. Encontrou-o na Inglaterra, na figura de E. A. Bennet e com ele fez análise de 1970 até 1971. Em 1974 foi hospitalizada com uma doença psicossomática. A mexida na sua psique foi tão intensa que a levou para Zürich, onde ficou até 1979 estudando Jung.
Daí em diante escreveu alguns livros e este é uma coletânea com quinze capítulos, dos quais três são reportagens, dois são artigos e dez são entrevistas, realizados entre os anos de 1988 e 1992. O título do livro não nos diz exatamente o que vamos encontrar no seu interior. Os tópicos abordados vão além da ‘Feminilidade Consciente’. Presumo que o título foi uma homenagem as mulheres que sem dúvida estão buscando mais as suas almas do que os homens. Marion fala bastante sobre os vícios e aborda outros temas junguianos com bastante profundidade.
A variedade do conteúdo não tira méritos do livro, muito pelo contrário. Woodman é até mais famosa pelas suas exposições orais do que pelos seus escritos. O que torna sua narrativa convincente é que ela experienciou tudo que afirma e se apresenta como uma velha sábia que se expõe para mostrar que as transformações são possíveis e não incluem o fator idade. Viveu os problemas com o corpo e o vício na juventude e deu uma guinada em sua vida quando tinha 42 anos.

Paulo Costa de Souza