As empresas em geral têm um enorme papel na construção de uma sociedade mais inclusiva. Há muitas maneiras de começar a fazer isso, e um tópico importante em que vimos muitas empresas trabalhando é sobre a linguagem inclusiva.
Recentemente, o Google anunciou uma nova função de “linguagem inclusiva” que busca alertar as pessoas se usarem palavras que podem não ser inclusivas para todo mundo.
Você já pensou no poder das palavras como ferramenta para criar um ambiente mais inclusivo?
De acordo com uma pesquisa global realizada pela Adobe com seus clientes, 61% do público considera a inclusão e a diversidade na publicidade importantes. Além disso, 76% das pessoas que se candidataram a vagas de emprego veem um time diversificado como um fator importante ao avaliar empresas e considerar oportunidade, conforme aponta uma pesquisa da Glassdoor.
Como os dados de mercado mostram, essa não é mais uma prática opcional para as empresas.
Vamos ver como você pode trazer isso para sua marca e negócio com ações reais, responsáveis e impactantes tomando o Google como inspiração, que está liderando um passo importante para uma linguagem online mais inclusiva.
Linguagem inclusiva para marcas
Nós já vamos nos aprofundar nos detalhes da função de “linguagem inclusiva” apresentada pelo Google. Mas, antes disso, precisamos perguntar: o que é linguagem inclusiva?
A linguagem inclusiva funciona para evitar estereótipos, preconceitos e discriminação contra grupos de pessoas e faz com que quem lê se sinta parte do público-alvo. Por isso, passa pela sensibilidade, pelo reconhecimento da diversidade e pelo respeito a todas as pessoas.
O que o Google está fazendo para liderar o futuro da inclusão online?
Se estivéssemos escrevendo um artigo sobre alguns colaboradores que tiveram que denunciar para o presidente da empresa a piora nas ações do homem no meio ambiente, a nova ferramenta do Google nos alertaria e sugeriria alternativas para sermos mais inclusivos a todos os leitores.
Então, contaríamos a mesma história de uma equipe que teve que denunciar para a presidência da empresa a piora nas ações da humanidade sobre o meio ambiente, mas com muito mais responsabilidade e levando linguagem inclusiva em consideração.
Essa é a nova funcionalidade lançada pelo Google que busca afastar seus usuários do que considera serem palavras politicamente incorretas, como “o presidente” e “o homem”.
O algoritmo do processador de texto online irá alertar de que os termos escolhidos “podem não ser inclusivos para todo mundo” e então vai um passo adiante, sugerindo palavras alternativas e mais inclusivas para usar. Como vimos no exemplo acima, pode sugerir “humanidade” em vez de “o homem” e “a presidência” em vez de “presidente”.
Embora o novo recurso de linguagem alimentado por IA, chamado de “escrita assistida”, tenha sido amplamente criticado (pessoas acusaram o mecanismo de busca de ser intrusivo e enfadonho), o fato é que essas atualizações levantam um debate importante: a importância da linguagem inclusiva.
Não há dúvida de que esta é uma via de uma só mão para as empresas; não é mais uma prática opcional para as empresas. Mais do que nunca, esse tema precisa ser discutido com seriedade e ser tratado como prioridade nas empresas.
Há mais gente com você nessa jornada. Há muito o que aprender e queremos fazer parte de tudo isso com todas as marcas e profissionais de marketing que desejam adotar uma linguagem inclusiva em suas comunicações.
Vamos ver como podemos começar.
Como profissionais de marketing e marcas podem adotar uma linguagem inclusiva em suas comunicações?
Existem diferentes maneiras de incorporar uma linguagem mais inclusiva ao seu negócio. Essas dicas ajudarão você a manter a inclusão e a diversidade em mente ao planejar suas comunicações.
Evite uma linguagem de gênero desnecessária
A linguagem de gênero é comumente entendida como a linguagem que tem um viés em relação a um determinado gênero e na maioria dos casos usando “o homem” como universal . Como nos exemplos abaixo, existem muitas formas alternativas de falar sobre qualquer assunto, mas mantendo o olhar sobre o que é mais adequado.
Recomendado:
A direção da escola aprovou a construção da quadraO trabalho da humanidade melhora a sua vidaVocê sentirá mais segurança se comprovar a data de validade do produto na embalagem
Não recomendado:
Os diretores da escolha aprovaram a construção da quadraO trabalho do homem melhora a sua vidaO consumidor estará mais seguro se comprovar a data de validade do produto na embalagem
Evite uma linguagem capacitista
Capacitismo é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com deficiência com base na ideia de que as habilidades típicas são superiores. A linguagem capacitista inclui palavras ou frases como louco, doido, cego, aleijado, mudo e outros.
Escolha palavras alternativas dependendo do contexto. Abaixo você pode conferir mais exemplos sobre expressões desatualizadas e como usar uma linguagem mais respeitosa:
Recomendado
Pessoa com DeficiênciaPessoa com Síndrome de DownCondição genéticaNecessidades específicasA probabilidade/ as chances de ter uma criança com síndrome de down
Não recomendado
Decifiente, inválido, doente e excepcionalPortador de síndrome de down, retardado, portador de retardamento mentalDoença GenéticaPessoa especial, com necessidades especiaisO risco de ter uma criança com síndrome de Down
Escreva exemplos diversos e inclusivos e evite vieses
Use nomes, gêneros, idades e locais diversos nos seus exemplos. Tenha em mente os seguintes conselhos:
Saiba mais sobre como usar uma linguagem de gênero neutro;Para ser mais sensível e escrever para um público global, você deve trazer diversos exemplos sobre diferentes práticas culturais, figuras de linguagem e evitar espcificar apenas uma única cultura;Ao escrever sobre adultos mais velhos, evite termos e figuras de linguagem como velhos, membros da terceira idade ou jovens de 80 anos. Em vez disso, use termos como pessoas mais velhas ou idosos;Não se refira a pessoas sem deficiência como normais ou saudáveis. Isso contribui para a alienação das pessoas com deficiência, implicando que elas são anormais ou doentes. Use termos como pessoa sem deficiência, pessoa com visão, pessoa com audição ou pessoa neurotípica;Evite usar termos como “criado-mudo” , ” lista negra” e ” lista branca” na fala cotidiana, já que elas podem evocar notações racistas enraizadas em nossa história. Devemos repensar o uso dessas palavras.
Repensar nossa linguagem é também repensar nossa sociedade, nossos comportamentos e práticas. A linguagem é viva e muda de tempos em tempos e nossa comunicação precisa se atualiz para:
Nos comunicarmos melhor;Alcançarmos todas as pessoas; eCombatermos o preconceito, o estigma social e a discriminação.
Certifique-se de que essa é uma visão compartilhada com todas as equipes da sua empresa
Dedicar tempo a ensinar e compartilhar essa visão dentro da sua empresa é um passo importante para ter todas as equipes envolvidas e fazer parte dessa mudança.
Treine suas lideranças e a equipe de comunicação sobre o que isso significa e por que é tão importanteAcrescente um guia de linguagem inclusiva às suas diretrizes de marcaRevise as comunicações da empresa
Conclusão
Palavras são poderosas!
Os mercados e quem trabalha com comunicação precisam garantir que todos se sintam incluídos e representados nas mensagens da marca. Com isso em mente, podemos iniciar um movimento positivo para inspirar e criar uma corrente de empresas verdadeiramente interessadas em criar um ambiente inclusivo e diversificado.
Aprenda com ótimos exemplos do mercado, como a nova funcionalidade do GoogleAnalise estrategicamente como você se comunica hoje, e aprenda algumas dicas de como melhorar e fazer com que sua comunicação reflita seu negócio, cultura e DNATreine e ensine sua equipe a ser mais responsável ao se comunicar. As palavras que você usa e a linguagem que você incorpora em suas mensagens também são fundamentais para promover uma marca mais justa.
Leia aqui para saber mais sobre o compromisso da Rock Content com a diversidade e o impacto global.
Vamos ser uma força do bem e inspirar grandes ações.
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