Podcasts têm sido cada vez mais utilizados em ações de Marketing Digital. Afinal, trata-se de um formato de conteúdo que pode ser consumido pelas pessoas enquanto elas fazem exercícios físicos, arrumam a casa ou dirigem. Nesse cenário, um nome que recebeu muito destaque é o Flow Podcast.
Apresentado por Igor 3K e Monark, o podcast faz enorme sucesso no Spotify, YouTube e Twitch. Contudo, com tantas opções disponíveis atualmente, quais diferenciais ele teve para ser o podcast mais famoso?
Produzimos este artigo para responder essa pergunta, além de apresentar informações e curiosidades sobre o Flow por meio dos seguintes pontos:
Vamos lá?
Quem são Igor 3K e Monark?
Primeiro, vejamos quem são os apresentadores (ou hosts) do Flow, e o que eles faziam antes do podcast.
Quem é Igor (3K) Coelho?
Igor 3K, o youtuber, é natural do Rio de Janeiro. Seus primeiros trabalhos na internet eram voltados à produção de gameplays de diversos jogos, como GTA, Street Fighter e Super Mario World.
Apesar de as plataformas de vídeo terem muitos canais de gameplay, a irreverência foi um dos grandes pontos de destaque no canal do Igor, conforme o vídeo abaixo mostra.
Ele não é mais atualizado há um ano, mas seu canal ainda conta com mais de 900 mil inscritos e traz uma variedade de gameplays que podem ser um prato cheio para quem gosta desse tipo de vídeo. Também, para aqueles que simplesmente querem conhecer mais a respeito do host do Flow.
Quem é Bruno (Monark) Aiub?
Ao ser entrevistado no programa The Noite, Monark revelou que recebeu esse apelido na época em que jogava games online. Há duas hipóteses que explicam isso: pode ser porque, na época, ele estava estudando algo sobre monarquia, ou talvez seja uma referência à marca de bicicletas que tem o mesmo nome.
Portanto, a exemplo do seu parceiro Igor, ele também começou a se destacar na internet fazendo gameplays ao longo de dez anos. Seu canal chegou a ser eleito o maior de gameplays do Brasil, em 2013.
Porém, como o mercado cresceu e ele se viu fazendo a mesma coisa durante muito tempo, acabou se unindo ao Igor para elaborarem, juntos, a ideia de algo diferente para a internet.
Por que Igor e Monark são chamados de Joe Rogan brasileiros?
Quando o Flow começou, algumas pessoas viram semelhanças com o formato usado no podcast estadunidense The Joe Rogan Experience, o que fez Igor e Monark serem chamados de Joe Rogan brasileiros. Mas, que podcast é esse e por que ele é tão famoso? The Joe Rogan Experience é apresentado pelo comediante Joe Rogan, que se tornou conhecido popularmente ao trabalhar como comentarista e entrevistador nas lutas do UFC.
O formato descontraído de receber os seus convidados agradou em cheio o público estadunidense, a ponto de o canal atingir o expressivo número de dez milhões de inscritos e quase dois bilhões de visualizações. Alguns episódios tiveram grande destaque, como o do Elon Musk, que gerou 40 milhões de visualizações.
Como o podcast se mantém financeiramente?
Levando em conta que se trata de um programa transmitido gratuitamente, essa pergunta costuma permear a cabeça de algumas pessoas, enquanto para outras, a resposta é óbvia: patrocínio.
Joe Rogan, em 2020, fez um acordo com o Spotify para ser exclusivo na plataforma durante alguns anos por nada menos que US$100 milhões. Por mais que esse pareça um valor bastante alto, certamente, o Spotify fez esse investimento por saber que será gerado um retorno.
Afinal, ficou para trás o tempo em que o público usava apps ou serviços de streaming para ouvir música. Os podcasts cativaram o grande público de maneira que ter o maior nome do mundo na plataforma é altamente estratégico.
Entrevista ou conversa de bar? Qual é o formato do Flow Podcast?
O Flow Podcast é apresentado em um cenário bem simples: uma mesa que separa os hosts e convidados, uma cortina azul de fundo e uma geladeira para as bebidas consumidas durante o bate-papo. Mesmo considerando as pessoas da produção que gravam o programa e auxiliam no que for necessário, é composto por um espaço pequeno e equipe enxuta.
Como dissemos, esse formato já era utilizado nos podcasts do Joe Rogan, mas foi abraçado pelo Flow, e também por outros podcasts que surgiram depois, como o Venus, apresentado por Chris Paiva e Yasmin Yassine, que utiliza o mesmo cenário.
Ao contrário de programas de entrevista que tiveram destaque na TV brasileira — como Jô Soares nos anos 90 —, os episódios do Flow não têm agenda, ou seja, as conversas são informais e feitas na base do improviso.
Essa característica chega a surpreender os próprios hosts, algumas vezes. O exemplo mais conhecido foi quando Danilo Gentili, de forma inesperada, chamou as “advogadas” dele para participar do programa. Isso deixou Igor e Monark constrangidos, conforme vemos no vídeo abaixo.
Quem são os convidados do Flow?
Os convidados do Flow são os mais variados, pois envolve desde assuntos geek até temas científicos, políticos, culturais e muitos outros. O canal oficial no YouTube publica semanalmente a agenda com os convidados do programa, que é transmitido diariamente tanto na plataforma quanto no Twitch.
Os episódios ficam gravados para que o público possa vê-los depois, caso tenha perdido a transmissão ao vivo. Contudo, algumas pessoas conhecem e acompanham o Flow por meio dos canais de cortes, que publicam trechos dos programas, como no exemplo abaixo.
Os cortes são autorizados pelos hosts, pois é uma forma de fazer o Flow ficar mais conhecido como marca. Eles apenas pedem que os vídeos apontem o link do episódio completo na descrição e sejam publicados quando a transmissão tiver sido encerrada.
Além disso, boas práticas também são importantes, como não mentir nas thumbnails ao colocar frases que nunca foram ditas, apenas para chamar a atenção em troca de visualizações.
Bebidas e drogas são consumidas no Flow?
Outra característica do Flow são os consumos feitos durante os episódios. Tornou-se padrão a prática de pedir comida por aplicativo para que os convidados consumam durante o programa. Porém, algo que sempre chamou a atenção foi o uso de álcool e maconha.
Além de cerveja, destilados como whisky e o famoso hidromel são algumas das bebidas que não faltam na mesa. É comum, em alguns podcasts do Flow, os convidados ficarem embriagados — e também os hosts.
Porém, quem causa uma das maiores polêmicas do programa é Monark, por conta do uso recreativo de maconha durante as transmissões. Algumas pessoas dizem que o efeito da cannabis explica o fato de ele fazer perguntas aleatórias aos convidados, e que isso torna o Flow mais divertido.
Após muitas críticas, ele fez uma publicação, em 2021, em seu Twitter, sobre o assunto.
Por que algumas marcas têm receio em fazer parceria com o Flow?
Uma das fontes de receita do Flow, além de Adsense e Twitch, são os patrocinadores. Eles são citados no começo e em momentos oportunos de cada episódio. Considerando que o Flow se tornou o podcast mais conhecido do Brasil, é interessante as marcas terem o seu produto ou serviço divulgado pelos hosts.
Algumas empresas consideram esse tipo de parceria bem delicada, por se tratar de um programa que tem palavrões, bebidas alcoólicas e maconha. Porém, para o público inscrito e que acompanha o Flow, que consome um produto ou serviço, estar presente no programa pode fortalecer o branding e gerar mais vendas.
Como a ideia do Flow Podcast surgiu?
O Flow surgiu em 2018, e logo se tornou um dos podcasts mais consumidos do país, ao seguir o formato de conversa, em vez de entrevista. Igor e Monark afirmam que a ideia apareceu durante um momento de revolta que os dois estavam passando, e também da vontade de fazer algo diferente na internet.
Além da audiência crescente, o Flow também se tornou influente nos meios de comunicação e na opinião pública, sobretudo, por conta de convidados do ramo político. A participação do Eduardo Bolsonaro, por exemplo, fez o podcast viralizar, principalmente, em razão da parte em que o Monark chama seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, de burro.
Por se tratar de um podcast que não tem pauta, comentários desse tipo são feitos e geram polêmica. Tanto é que o Flow é constantemente visto nos trending topics.
Igor defende que esse formato foi escolhido para que a conversa informal fosse um dos principais pontos característicos do programa. Em entrevista para a Exame, ele disse receber críticas por não estudar o convidado e preparar as perguntas antecipadamente, pois a ideia não é fazer entrevistas, e sim, ter uma conversa como qualquer pessoa também teria.
Por causa disso, alguns papos são neutros, outros mais divertidos e, alguns, geram instantes de tensão entre os hosts e os convidados. Um momento inesquecível ocorreu quando Gabriela Prioli e Monark discutiram sobre opinar com ou sem o uso de dados.
Como o Flow se tornou um fenômeno dos podcasts no Brasil?
Mesmo sendo um formato existente há mais de 15 anos, tivemos um crescimento expressivo de podcasts no Brasil, em 2019 e em 2020, por conta do distanciamento provocado pela pandemia. Assim, um formato de mídia que ainda era nichado passou a ficar mais popular.
Isso fez aumentar o cardápio dos podcasts e colocar figuras públicas, que já eram conhecidas, e recém-chegadas lado a lado. O Spotify, por exemplo, tem 1,9 milhão de podcasts na plataforma e notou um crescimento de 200% no consumo desse tipo de mídia no final de 2020, além de atrair novos assinantes interessados unicamente em ouvir podcasts.
Qual foi o diferencial do Flow Podcast?
O Flow conseguiu se destacar nesse oceano vermelho de podcasts, não apenas por ter surgido um ano antes desse “boom” com uma proposta diferente, mas também, pela influência dos seus hosts.
Afinal, Igor e Monark já tinham uma base consolidada de seguidores em razão dos seus trabalhos anteriores, o que trouxe uma grande vantagem ao canal desde o seu lançamento. Contudo, três pontos também devem ser destacados para o seu sucesso: estratégia, investimento e cortes.
Nos primeiros programas, um dos vieses estratégicos tinha como base convidar outros youtubers para participar da gravação. Assim como ocorre em um guest post, isso acabava atraindo a audiência do canal do convidado e vice-versa.
O investimento em equipamentos também contribuiu para o Flow crescer e se destacar. É altamente perceptível a diferença entre o material usado no papo com o Velberan e os vídeos mais recentes do canal.
Por fim, os cortes também foram essenciais para tornar o Flow popular. Nem todos têm interesse em ver o podcast inteiro, por ter uma duração média de duas horas (embora alguns cheguem a quase cinco horas), e acabam optando pelos cortes.
Embora tenha se tornado uma prática comum outros podcasts permitirem que canais de corte sejam criados e usem trechos dos episódios, o Flow foi um dos primeiros a trazer essa possibilidade. A tática deu tão certo que, hoje, algumas pessoas vivem da renda gerada pela monetização dos seus canais de cortes no YouTube.
Por essas razões, o Flow Podcast chegou ao status de podcast mais famoso do Brasil, conforme você pôde conferir ao longo deste post.
Essa história foi uma inspiração para você iniciar ou melhorar o seu podcast a fim de monetizá-lo? Continue conosco e aprenda agora mesmo a fazer isso!
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